Essa cor múltipla nos fascina desde os nossos ancestrais mais primitivos. Nas antigas tradições, é associada ao céu e à água, símbolos de elevação espiritual e das emoções refinadas. O azul, em várias tradições religiosas, está intimamente relacionado a várias qualidades espirituais: calma, pureza, sabedoria, ternura, castidade e proteção - o manto da Virgem Maria, por exemplo, é azul-celeste.
Os muçulmanos também amam preencher os arabescos que decoram suas mesquitas com os mais variados tons de azul. O famoso azul-turquesa, uma mistura de azul com verde, se refere exatamente aos tons de azul encontrados nos templos muçulmanos da Turquia. O simbolismo da pedra turquesa, representando o céu, e do coral, associado ao sangue da mãe Terra, foi escolhido igualmente pelos índios navajos, nos Estados Unidos, e pelos povos do Tibete. O azul-royal era usado nas cortes como sinal de autoridade e poder - mantos reais em tons profundos de azul recebiam acabamentos de pele de arminho e jóias. Ele era o tom preferido dos reis franceses. Até hoje é uma boa cor para impressionar numa reunião de negócios. "Ela transmite confiabilidade e poder", assegura Marizete Pavão, consultora gaúcha de Feng Shui.
A nobreza e a valentia dos soldados da cavalaria da Prússia, região que fazia parte da antiga Alemanha, também eram identificadas pelo tom de azul muito particular de seus escudos e bandeiras. Essa tonalidade é conhecida até hoje pelos pintores como azul-da-prússia.
Talvez o físico Robert Gerard, médico e professor da Universidade da Califórnia, explique por que somos tão apaixonados por essa cor. Segundo ele, ao olhar para o azul, o nosso cérebro é capaz de secretar onze neurotransmissores, que acalmam imediatamente corpo e mente. Ele garante que o azul produz nas pessoas um aumento da sensação de bem-estar, do relaxamento e dos pensamentos agradáveis. Outros tons de azul aumentam ainda mais essa sensação. "A luz no tom índigo, por exemplo, é um potente analgésico. Ela também ajuda a equilibrar distúrbios mentais e a trazer à tona antigos medos, que o tom rosa vai auxiliar a liberar", conclui o cromoterapeuta paranaense Michel Smeja.
Fontes:
http://www.maltanet.com.br/portal/pesquisa/01_teoria_das_cores.htm
http://bonsfluidos.abril.com.br/edicoes/0029/cores/a.shtml
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